Um filme intenso e um papel soberbo. Absolutamente merecido.
segunda-feira, fevereiro 28, 2011
World Book Night
Está mesmo aí a chegar uma iniciativa que será a total loucura para os amantes de livros e da leitura. Será no próximo dia, 5 de março, no Reino Unido e Irlanda. Cerca de 20.000 adoradores deste objecto precioso que guarda letras e universos irão oferecer 1 milhão de livros. A iniciativa é levada a cabo pelas editoras, livreiros, autores e bibliotecários e tem o apoio de figuras proeminentes como Colin Firth, J. K. Rowling, Nigella Lawson, Seamus Heaney e David Gilmour. Consultem aqui os livros que vão ser oferecidos. Recomendo desde já Beloved de Toni Morrison, Toast de Nigel Slater e The curious incident of the dog in the night-time de Mark Haddon.
E pronto, já sabem, dia 5 de Março, irei desejar ardentemente estar no Reino Unido, pode ser Londres, Oxford ou Edimburgo. Importante esra mesmo estar. Enquanto me fico por este desejo, vou esperando que por cá se leve a cabo uma iniciativa semelhante.
domingo, fevereiro 27, 2011
Moacyr Scliar
O escritor gaúcho Moacyr Scliar deixou hoje de luto as letras brasileiras e a literatura de expressão portuguesa. Quando os escritores nos deixam, ficam as obras, mas permancerá o vazio de não haver mais livros por aquela mão. Universos que se apagam.
Notícia da morte de Moacyr Scliar e site do escritor
sábado, fevereiro 26, 2011
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
Correntes d' Escritas
Já na sua 12ª edição está aí mesmo a chegar o Correntes d'Escritas, o encontro de escritores de expressão que já começa a ser tradição depois de uma dúzia de anos. O evento é promovido pela Câmara Municipal da Póvoa do Varzim e irá ter lugar de 23 a 26 deste mês de Fevereiro. Abrange uma vasta gama de acontecimentos que serão o deleite dos amantes da literatura: debates, lançamentos de livros, sessões de poesia, concursos, atribuição de prémios e mesas redondas. Dos livros que vão ser lançados, dois chamaram-me a atenção: Havana, ano zero de Karla Suárez e Última Paragem: Massamá de Pedro Vieira. Aqui fico à espera, cheia de pena de a Póvoa do Varzim ser tão longe.
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Dia de S. Valentim (9) - Receita de Leitura
Dose de Amostra
Orhan Pamuk, (2010), O Museu da Inocência, Lisboa, Editorial Presença.
Qualquer que tivesse sido a nossa diversão na noite anterior, por mais tarde que tivéssemos chegado e por mais que eu tivesse bebido, pela manhã, mal a luz surgia por entre as lâminas das persianas, projectando no tecto estranhos reflexos das ondas do Bósforo, eu levantava-me e subia as persianas, e de todas as vezes ficava maravilhado com a quase explosão de beleza que entrava pela janela. Para meu espanto, sentia aquele enlevo que apenas surge com um reacordar, com a descoberta das belezas esquecidas da vida — pelo menos, eu assim queria acreditar. A sempre perspicaz Sibel, apercebendo-se do meu estado de espírito, vinha pôr-se ao meu lado, vestida com a sua camisa de noite de seda, e as tábuas do soalho rangiam ligeiramente sob os seus pés, e juntos admirávamos a beleza do Bósforo, o barco de pesca vermelho que o atravessava, sacudido pelas ondas, a névoa que se erguia acima das colinas sombrias e cheias de árvores da outra margem e a forma como o primeiro ferry-boat da manhã se inclinava ao cortar a corrente, assobiando como um fantasma.
Orhan Pamuk, (2010), O Museu da Inocência, Lisboa, Editorial Presença.
Composição
Kemal, um jovem de Istambul proveniente de uma família abastada, apaixona-se perdidamente por Füsün, uma jovem de origens sociais humildes e não muito bem aceite pela sociedade istambulense de finais dos anos setenta. O Museu da Inocência não é apenas mais um livro sobre o amor, contudo. Nele encontram-se décadas de vida turca a braços com alterações sociais e políticas, um verdadeiro roteiro por Istambul, um catálogo do museu com os inúmeros objectos coleccionados por Kemal ao longo de décadas e uma elegia ao sentimento turco de nostalgia, hüzün.
Indicações
Recomenda-se a leitura d’ O Museu da Inocência aos amantes de prosas longas e interessados pela História e cultura de um povo. Amantes de viagens e cidades exóticas experimentaram sensações de bem-estar ao encontrar-se numa das mais vibrantes cidades europeias, Istambul. Indivíduos com tendência para o coleccionismo regozijaram ao identificar-se com Kemal. Leitores obcecados pelos objectos quotidianos como testemunho do tempo leram O Museu da Inocência com entusiasmo.
Precauções
Em leitores românticos foram observadas pontualmente alterações do ritmo cardíaco e lágrimas teimosas indiscretas pelo amor sofrido de Kemal e Füsun. Viajantes intrépidos sentiram ansiedade em alguns capítulos. O ímpeto de procurar o passaporte e aventurar-se na senda do verdadeiro Museu da Inocência em Istambul, cuja abertura se adivinha para este ano de 2011, foi um dos efeitos secundários reportados. Os amantes de mapas foram vistos a localizar a ficção na cidade de Istambul. Descontinue a leitura apenas por uns momentos. Resista por agora ao apelo do Bósforo mas não desista.
Outras apresentações
Orhan Pamuk, Prémio Nobel da Literatura em 2006, tem uma vasta obra, Aventure-se pois para novas experiências em Istambul, Memórias de uma Cidade. Caso prefira ficção, entre em Uma Vida Nova, o livro que granjeou muito êxito a Pamuk na Turquia e que deixa o leitor sem fôlego.
Dia de S. Valentim (8)
liegen, bei dir
ich liege bei dir, deine arme
halten mich, deine arme
halten mehr als ich bin.
deine arme halten, was ich bin
wenn ich bei dir liege und
deine arme mich halten.
Dia de S. Valentim (7)
Conta a história que Bono terá escrito esta canção para a mulher, Alison, para se redimir por não ter estado presente no dia do seu aniversário. E quem resiste a uma bela declaração de amor?
Dia de S. Valentim (5)
Flowers
Some men never think of it.
You did. You’d come along
And say you’d nearly brought me flowers
But something had gone wrong.
The shop was closed. Or you had doubts —
The sort that minds like ours
Dream up incessantly. You thought
I might not want your flowers.
It made me smile and hug you then.
Now I can only smile.
But, look, the flowers you nearly brought
Have lasted all this while.
Dia de S. Valentim (2)
Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Bob Marley
Com um dia de atraso, é certo, mas não podia deixar de homenagear aqui o homem, cantor e compositor que inspirou gerações e que continua a ser ouvido. Bob Marley, o profeta do reggae, teria completado ontem, dia 6 de Fevereiro, sessenta e seis anos, caso a morte não o tivesse ceifado tão cedo.
Happy Birthday, Bob, wherever you are!
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
Ler barato (8)
A colecção "Frente e Verso" da revista "Visão" tem por esta altura a sua segunda série nas bancas. São mais sete escritores lusófonos e os livros têm prosa e poesia. O primeiro livro de Alice Vieira foi grátis e saiu em Janeiro. Seguem-se José Jorge Letria, Luísa Dacosta, Urbano Tavares Rodrigues, Natália Correia, José Mário Silva e Ana Paula Tavares. O preço é uma agradabilíssima surpresa, apenas cinquenta cêntimos. Mesmo com austeridade não há razão para não ler.
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