sexta-feira, maio 23, 2008

Meu Portugal Brasileiro

Os duzentos anos da partida da corte de D. João VI para o Brasil tem sido comemorados de várias formas, tanto em Portugal como no Brasil A literatura, já se sabe, não é indiferente às efemérides. Servem também como inspiração para o nascimento de mais livros. Nós, os amantes da leitura e dos livros, agradecemos, já se sabe. Surgiram livros de história, naturalmente, mas a ficção foi também contemplada. Com publicação recente destaco Meu Portugal Brasileiro de José Jorge Letria. Confesso que ainda vou nas primeiras páginas, mas a prosa é escorreita e a história apaixonante. Deixo-vos com a sinopse do livro que consta na badana:

A bordo de uma das naus da frota que leva a família real para o Brasil, em finais de 1807, vai um jovem oficial que tudo deixa em Lisboa - família, noiva e muitos sonhos - para cumprir o seu dever de militar. Os anos que se seguem vão ser de emoção, sofrimento e permanente descoberta. Estando perto da família real, conhece as suas grandezas e misérias, mas também observa de perto o drama da escravatura.
Dessa experiência nasce um livro de memórias ficcionadas que tem o tempero forte da aventura, da intriga de corte, das amizades que nascem para durar e das paixões que o tempo não deixa morrer.
Meu Portugal Brasileiro é um livro comovido e comovente, no qual realidade e ficção se misturam numa verdadeira celebração da História e da vida que liga dois povos: um filho que o pai já perdera a esperança de conhecer, os ideais que mudam vidas inteiras, os feitiços que os escravos de origem africana sabem fazer e desfazer, as perversidades de uma rainha que nunca gostou do Brasil, as conspirações e boatos sobre a sexualidade ambígua de um rei que gosta de música e de frango assado, a personalidade única de um príncipe que se torna imperador do Brasil.
Um livro que apetece ler e reler, em Portugal ou no Brasil, porque é uma longa viagem de ida e volta ao fundo da memória de um homem que nunca desiste de sonhar e de acreditar. Uma verdadeira celebração da História e da vida que une dois povos e duas culturas.

domingo, maio 18, 2008

Zélia Gattai


Mais conhecida como a mulher de Jorge Amado, Zélia Gattai publicou também livros e deixa saudade com a sua partida.
Morreu ontem aos 91 anos em Salvador.

Imagem daqui

quinta-feira, maio 15, 2008

Gaveta de papéis

José Luis Peixoto foi recentemente agraciado com o Prémio Daniel Faria 2008. Para os fans do leitor só a notícia de que o livro chegou agora às bancas será suficiente, para os outros recomendo mesmo a leitura. Gaveta de Papéis, assim se chama, tem uma estrutura curiosa, como se abríssemos uma gaveta onde se encontram bilhetes, fotografias e outros objectos pessoais. Muito bom.

sexta-feira, maio 09, 2008

Ler barato (1)


E quem disse que ler sai caro? É verdade que os livros atingem preços proibitivos, mas sabemos que as Bibliotecas podem sempre ajudar e, a partir de ontem, a revista Sábado vai dar uma ajuda preciosa. Apenas pelo preço de um euro, vão sair todas as quintas-feiras, juntamente com a revista, livros de autores obrigatórios da literatura contemporânea. Ontem saiu um que recomendo vivamente, Como Água para Chocolate da Laura Esquivel, e como foi o lançamento da colecção, o livro foi grátis com a aquisição da revista. Seguem-se obras de Philip Roth, Gabriel Garcia Márquez, Nadine Gordimer, Paul Auster, John Coetzee e Mário Vargas Llosa. De 8 de Maio a 26 de Junho. A não perder.


Imagem daqui

quinta-feira, maio 08, 2008

Cinco livros e mais um

Por sugestão da professora Jacqueline Duarte, Coordenadora do Centro de Recursos Poeta José Fanha e também porque este meme foi aberto a quem quisesse participar, vou responder ao desafio. As regras ditam que se devam escolher cinco livros ou autores da nossa preferência e um que mereça apodrecer na estante, destino cruel para um livro.
Os meus cinco mais, por ordem aleatória:

1. Livro de Crónicas de António Lobo Antunes, um livro do qual não me posso separar e que me proporcionou e proporciona momentos de puro deleite.

2. Qualquer livro de ficção do Mia Couto. Não precisa de apresentações. Um dos mais criativos e intensos escribas da língua de Camões.

3. As Intermitências da Morte e o Memorial do Convento de José Saramago. São dois, eu sei, mas fiz uma pequena batota, optando aqui pelo autor.

4. A Substância do Amor de José Eduardo Agualusa. Crónicas com sabor a trópicos.

5. Morreste-me de José Luís Peixoto, pelas palavras sentidas sem serem lamechas, pela homenagem ao pai e por razões de coração.

E agora a parte pior para quem gosta de livros e de leituras: deixar apodrecer um na estante... Só a imagem arrepia, mas vale naturalmente pela metáfora e, assim sendo, na minha estante apodreceriam todos do Paulo Coelho.

Imagem daqui

Vontade própria

Há uma crónica de António Lobo Antunes que transcrevi parcialmente neste post e que me ocorre sempre que a informática me prega uma partida, como é o caso agora. Quando inciei este blogue, decidi não abrir a caixa de comentários. Volvido um ano e meio sensivelmente mudei de opinião e, como não gosto de falar sozinha, decidi abrir os comentários aos estimados visitantes e frequentadores deste blogue. E o que é que aconteceu? Nada. Nadinha. O Blogger e/ou o próprio De mês em quando, quem sabe ofendidos pela minha atitude incial, não deixam que a caixa de comentários fique visível. Se clicarem na hora do post, a caixa aparecerá, talvez seja por timidez que se mantém escondida, mas a verdade, verdadinha é que a queria à vista de todos para que pudessem deixar as vossas opiniões, comentários, sugestões. Quando o blogue tem vontade própria não há nada a fazer. Esperemos que lhe passe o amuo, entretanto.

sexta-feira, maio 02, 2008

El Juego del Ángel


Depois do êxito de A Sombra do Vento, um dos livros que recomendo vivamente e cuja receita podem ler aqui, Carlos Ruiz Zafón acaba de publicar El Juego del Ángel. Aguardo ansiosamente a versão portuguesa.

Homenagem

Ontem, dia um de Maio, a patrona do nosso Centro de Recursos/ Biblioteca, Professora Maria Luísa Barros, foi homenageada pela Câmara Municipal de Mafra, nas comemorações do Dia do Município. Foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito, grau ouro, entregue pelo Presidente da Câmara, Engenheiro Ministro dos Santos, numa cerimónia singela mas carregada de significado para quem dedicou toda a sua vida ao ensino e continua a dinamizar o placard à porta da nossa Biblioteca.