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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

World Book Night

Está mesmo aí a chegar uma iniciativa que será a total loucura para os amantes de livros e da leitura. Será no próximo dia, 5 de março, no Reino Unido e Irlanda. Cerca de 20.000 adoradores deste objecto precioso que guarda letras e universos irão oferecer 1 milhão de livros. A iniciativa é levada a cabo pelas editoras, livreiros, autores e bibliotecários e tem o apoio de figuras proeminentes como Colin Firth, J. K. Rowling, Nigella Lawson, Seamus Heaney e David Gilmour. Consultem aqui os livros que vão ser oferecidos. Recomendo desde já Beloved de Toni Morrison, Toast de Nigel Slater e The curious incident of the dog in the night-time de Mark Haddon.
E pronto, já sabem, dia 5 de Março, irei desejar ardentemente estar no Reino Unido, pode ser Londres, Oxford ou Edimburgo. Importante esra mesmo estar. Enquanto me fico por este desejo, vou esperando que por cá se leve a cabo uma iniciativa semelhante.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Conversations with myself (2)

Saiu ontem para as livrarias o mais recente livro de Nelson Mandela. Intitula-se Conversations with myself e com ele o grande líder carsimático pretende desconstruir a imagem endeusada de um homem que afirma não ser nenhum santo e que diz ter sofrido "fraquezas, erros e imprudências." Com o prefácio de Barack Obama, esta autobiografia reúne uma panóplia de documentos pessoais, notas, diários da prisão, os calendários desse mesmo tempo e cartas redigidas por Mandela e foi lançado em doze países. Cá em Portugal será lançado no fim deste mês de Outubro com o título Conversas Íntimas. Caso seja uma bibliómano e o inglês não constitua barreira sugiro a compra on-line aqui. Será certamente mais barato e mais rápido do que a edição portuguesa e nada como aceder ao original. Faça o que fizer este será um livro a não perder, um testemunho fundamental para melhor compreender o grande Madiba.

Conversations with myself (1)

segunda-feira, setembro 27, 2010

Hoje...

...nas livrarias.

Da contra-capa:

Iara, jovem linguista portuguesa, faz uma incrível descoberta: alguém, ou alguma coisa, está a subverter a nossa língua, a nível global, de forma insidiosa, porém avassaladora e irremediável. Milagrário Pessoal, o novo livro do autor, é um romance de amor e, ao mesmo tempo, uma viagem através da história da língua portuguesa, das suas origens à actualidade, percorrendo os diferentes territórios aos quais a mesma se vem afeiçoando.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Agenda

Já se encontra à venda o mais recente livro de José Luis Peixoto. O lançamento do seu Livro será hoje pelas 18.30 na Casa do Alentejo em Lisboa e conta com leituras, músicas e surpresas, segundo comunicado do autor hoje no Facebook. A não perder.

Ler mais sobre o Livro aqui .

quarta-feira, setembro 22, 2010

Manifesto

É que não são só as palavras, não é apenas o miolo, não conta simplesmente o diálogo entre as personagens e o leitor, por vezes entre o escritor e o leitor. Não é o que se lê, o que sente, o que emociona e enfurece. É o objecto. As centenas de páginas agarradas umas às outras, as capas coloridas, o cheiro, sim, um cliché, eu sei. O texto na contracapa, as palavras insossas nas badanas. O prazer de o abrir e espreitar. Um livro não é apenas palavras. Um livro é uma companhia. E são muitos os que me acompanham casa fora. Os que repousam caoticamente no chão ao lado da minha mesa-de-cabeceira, os que me colorem as estantes cá de casa, os que se espalham por aqui e ali. E depois o prazer. A procura. Os momentos em frente das estantes Estava aqui, guardei-o aqui, tem de estar por aqui. A tranquilidade de horas a folheá-los na senda do excerto perdido, a curiosidade dos minutos à procura de uma novidade entre as páginas, a certeza de se encontrar sempre algo novo. A partilha Olha aqui, o que encontrei. E as memórias Este comprei-o em Salvador, lembras-te? Um pedaço de história de vida encerrada em páginas e lombadas carinhosamente preservado como testemunho de momentos felizes Foi o primeiro livro que comprei no Rio. Os presentes e quem os ofereceu. São os autógrafos dos escritores,as letras desenhadas à sombra dos jacarandás com o Tejo em fundo. E andar com eles na carteira ou entre os dossiers. E são isto os livros. São as dedicatórias. O meu nome bem legível na primeira página, data e local, a marca indelével de posse e a afirmação de território São meus. E isto jamais poderá ser substituído por uma geringonça electrónica. Isso não são livros. Esses não serão nunca os meus livros.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Reentré

Este Setembro, como todos os outros a que se convencionou apelidar de reentré em termos literários, promete. Primeiro tivemos a publicação de mais uma romance de João Tordo, O Bom Inverno, que já se encontra disponível nas livrarias. Dia 24 segue-se José Luís Peixoto com o seu livro Livro e uns dias depois José Eduardo Agualusa lança Milagrário Pessoal. Ondjaki tem também um novo livro de poesia com o excelente título Dentro de mim faz sul. Um bom Setembro, este.


terça-feira, julho 20, 2010

O leitor em busca da felicidade

Devia ter desconfiado quando, no dia subsequente à compra, fui dar com ele na estante da auto-ajuda, lá para o lado das espiritualidades numa grande superfície. Lá estava altaneiro entre Os últimos dias de JesusA Dieta Limão, encimado por Renascer das Cinzas e docemente aconchegado por A sabedoria nossa de cada dia, lado a lado com Conversas com Deus. Devia ter desconfiado logo pelo título, antes mesmo deste encontro de mau presságio.
Rapariga muito descrente e frequentemente indiferente às receitas de felicidade, céptica convicta no que respeita a fórmulas de bem-estar, doutrinações de caminhos zen e que não fala jamais com Deus(es) em língua alguma, senti uma facada traiçoeira quando o vi naquele preparo. Contudo, o que me falta noutras crenças sobra-me em fé numa parte da literatura portuguesa contemporânea e ao vislumbrar um outro livro de Nagib Mahfouz, que julgo não se dar a caminhos esotéricos, na estante abaixo, julguei que o empregado, esse sim zen e na senda do sentimento etéreo e escapadiço chamado felicidade, teria sido enganado pelo título. Estaria pois em paz com a compra recente.
Os autores. Muito mais do que o título, foram os autores que me levaram a comprar o livro. Cerca de metade dos escritores que assinam as dez histórias contam-se entre os da minha preferência. Foi assim que me atirei ao livro sem sequer pensar duas vezes, há livros que compro cegamente apenas pelo autor, e devorei sempre em busca da felicidade as dez histórias. E nada. No término da cada uma esperava o frémito de que se são feitas as prosas sensuais que perduram além do livro. Mas nada. Coisa nenhuma. Dez histórias banais num volume intitulado Em Busca da Felicidade e teoricamente em busca da dita mas que muito pouco contribuem para a felicidade do leitor. Vagueia-se entre um casal a braços com uma mosca no copo de vinho, num fim de tarde numa esplanada à beira-mar, um jornalista em início de carreira em Londres indignado com a xenofobia e uma estória para contar de uma relação que houve, não houve, haverá. Com alguns lugares-comuns, previsíveis e sem conteúdo e/ou personagens dignas de nota. Falta-lhes substância, profundidade, consistência. Apenas as de Lídia Jorge e Pepetela suscitaram algum entusiasmo. E foram-se uns doze euros. A minha intuição estava certa e devia ter dado nota daquele encontro fortuito lá nas espiritualidades, ouvido as vozes em pleno hipermercado e tê-lo devolvido no dia seguinte, argumentando que me tinha sido enviado um sinal do além ou lá de onde se situam essas coisas sem explicação. Ser céptico dá nisto.

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Livros novos


valter hugo mãe, uma das minhas melhores surpresas em termos literários de 2009, lançou recentemente o seu último livro. Intitula-se a máquina de fazer espanhóis, versa sobre a velhice e promete ser mais um êxito. O lançamento será feito no Porto e em Lisboa no próximo mês de Fevereiro.
Para aguçar o apetite aqui fica um trrecho desta máquina. Boa leitura:


com a morte, também o amor devia acabar. acto contínuo, o nosso coração devia esvaziar-se de qualquer sentimento que até ali nutrira pela pessoa que deixou de existir. pensamos, existe ainda, está dentro de nós, ilusão que criamos para que se torne todavia mais humilhante a perda e para que nos abata de uma vez por todas com piedade. e não é compreensível que assim aconteça. com a morte, tudo o que respeita a quem morreu devia ser erradicado, para que aos vivos o fardo não se torne desumano. esse é o limite, a desumanidade de se perder quem não se pode perder. foi como se me dissessem, senhor silva, vamos levar-lhe os braços e as pernas, vamos levar-lhe os olhos e perderá a voz, talvez lhe deixemos os pulmões, mas teremos de levar o coração, e lamentamos muito, mas não lhe será permitida qualquer felicidade de agora em diante. caí sobre a cama e julguei que fui caindo por horas, rostos e mais rostos colocando-se diante de mim, e eu por ali abaixo, caindo, sem saber de nada. quando, por fim, me levantei, estava a anos-luz do homem que reconheceria, e aprender a sobreviver aos dias foi como aceitar morrer devagar, violentamente devagar, à revelia de tudo quanto me parecia menos cruel. e a natureza, se do meu coração não se esvaziou o amor pela laura, estaria numa aniquilação imediata para mim também, poupando-me à miséria de ver o sol que arde sem respeito por qualquer tragédia.
fica-se muito zangado como pessoa. não se criem dúvidas acerca disso. fica-se zangado e deseja-se aos outros pouco bem, e o mal que lhes pode acontecer é-nos indiferente ou, mais sinceramente, até nos reconforta, isso sim, como um abraço de embalo, para que não se ponham por aí a arder como o sol e, sobretudo, não nos falem com uma alegriazinha ingénua, de tempo contado, e nos façam perceber o quanto éramos também ingénuos e nunca nos preparáramos para a derrocada de todas as coisas. nunca nos preparamos para a realidade. passamos a ser cidadãos terrivelmente antipáticos, mesmo que façamos uma gestão inteligente desse desprezo que alimentamos crescendo. e só não nos tornamos perigosos porque envelhecer é tornarmo-nos vulneráveis e nada valentes, pelo que enlouquecemos um bocado e somos só como feras muito grandes sem ossos, metidas dentro de sacos de pele imprestáveis que já não servem para nos impor verticalidade nem nas mais pequenas batalhas.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Grátis

A Cidade Depois de Pedro Paixão compreende textos do escritor sobre Nova Iorque depois do 11 de Setembro de 2001. O livro, entretanto esgostado, foi disponibilizado pelo próprio Pedro Paixão no seu site e pode ser descarregado aqui. Eu continuo a preferir o papel mas não deixa de ser uma atitude louvável de grande desprendimento e generosidade. Aproveitem.


sábado, junho 27, 2009

Novidades


O mais recente livro de Mia Couto, Jesusalém, já está à venda.
Uma óptima leitura para as férias que se aproximam.

quarta-feira, junho 10, 2009

Novo romance de José Saramago

José Saramago não pára. O Prémio Nobel português já entregou o seu novo romance na editora. Sairá para o Outono. Aguardemos então.

quinta-feira, maio 21, 2009

Boas ideias

Imagine agora que lhe dá uma vontade incontrolável de ler um livro. Sente-se só, desesperado pela falta de um livro que o acompanhe, ainda mais por pensar que naquele lugar não há livrarias e mesmo que houvesse nada lhe poderiam valer dado a hora inconveniente. Olha à volta em dor, a ausência de livros é uma síndrome doloroso do qual os amantes de livros podem ser acometidos, apura o olhar e o olfacto. Parece que, de repente, como se fossem pipocas mas em intesidade menor, cheira a livros, a fragrância das páginas virgens à espera que as leiam. Olha mais uma vez e repara em algo inédito: uma máquina automática de venda de livros!
A ideia foi mais uma vez da LeYa e a máquina esteve em experimentação durante a Feira do Livro de Lisboa, que decorreu entre 30 de Abril e 17 de Maio. Estarão disponíveis quinze títulos e o funcionamento é simples. A experiência da Feira determinará os locais onde irão ser colocados os dispensadores de livros, mas estações de comboio, hospitais e aeroportos contarão certamente entre os locais eleitos.
Embora a ideia não seja inédita, uma vez que há já aeroportos internacionais onde podemos ver máquinas semelhantes, é inédita entre nós. Uma belíssima iniciativa a merecer o nosso destaque.

quarta-feira, maio 20, 2009

Ler mais por menos


A partir de dia 22 de Maio estarão à venda mais quinze títulos da colecção BisleYa. Apenas por €5,95, os títulos são muito diversos, tal como aconteceu nas duas colecções anteriores. Podem encontrar-se, entre outros, Rodrigo Guedes de carvalho e Daqui a Nada e Franz Kafka com o clássico O Processo. Contudo, os meus preferidos são A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho de Mário de Carvalho e O Operário em Construção de Vinicius de Carvalho. Não há razão para não ler. É já dia 22!

quarta-feira, maio 13, 2009

Novidades

Junho vai ser um mês importante em termos de novidades editoriais: o último romance de Chico Buarque vai ser editado em Portugal e José Eduardo Agualusa vê também Barroco Tropical, a sua obra mais recente, nos escaparates das livrarias. Caso tenha uma curiosidade incontrolável, não obstante, pode ler aqui o primeiro capítulo de Barroco Tropical. Mal posso esperar por Junho mas até lá vou-me contentando com este primeiro capítulo que promete.